O que é CUB?

 

O que é CUB?

O CUB foi instituído pela Lei nº 4.591/64 

Com o objetivo de equilibrar a formação de preços do mercado imobiliário.

Este indicador permite que o custo do projeto seja estimado com maior precisão. 

De acordo com a previsão legal, ele deve ser calculado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), com base nos preços de produtos e serviços associados à atividade para cada região de atuação sindical.

O preço básico é determinado por metro quadrado (CUB/m²) e a apuração dos valores tem como referência projetos-padrão: 

R1: residência unifamiliar

PP4: prédio popular

R8 e R16: residência multe familiar

PIS: projeto de interesse social

RP1Q: residência popular

CAL8: projeto comercial de andares livres

CSL8 e CSL16: projeto comercial de salas e lojas

GI: galpão industrial

Por que ele é tão importante para o orçamento de obras?

Orçar um projeto é uma das etapas mais complexas e passíveis de equívocos, por isso o CUB é muito importante para o setor.

Esse cálculo possibilita que parte dos custos das obras seja mais precisamente estimada.

Quanto mais o planejamento e o cronograma de uma obra, desde a definição de custos até a organização da logística das atividades e recebimento de materiais, são realizados de forma consistente e precisa, mais impactam positivamente na qualidade do empreendimento e também no histórico tanto da construtora quanto dos gestores envolvidos.

Dessa forma, esse cálculo dá um suporte ao mercado de incorporação imobiliária ao servir como parâmetro que determina os custos das construções.


Assim, o CUB na construção civil é um item essencial para que a obra tenha êxito, uma vez que irá contribuir para uma melhor gestão dos custos e dos recursos necessários. 

Depois de entender o que é CUB, é importante compreender como esses custos são calculados. Confira os detalhes a seguir!

Quais custos estão envolvidos no CUB?

Os critérios utilizados para o cálculo do CUB na engenharia civil são definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) por meio da NBR 12721:2006

Para a realização do cálculo CUB, devem ser considerados os seguintes itens: materiais de construção, mão de obra e equipamentos.

Em materiais de construção entram itens como concreto, cimento, fechaduras, areia, vidro e outros. 

Os serviços de mão de obra avaliados são os de pedreiro e de servente, entre outros. 

Quanto aos equipamentos, considera-se a locação de betoneira de 320 L, por exemplo, e demais que forem necessários. 

Ficam de fora da composição do CUB itens que devem ser avaliados particularmente, de acordo com cada projeto.

A ABNT determina que não devem entrar nesse cálculo: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático, elevadores, equipamentos e instalações, como fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, projetos arquitetônicos, estruturais, de instalação e especiais, remuneração do construtor e do incorporador, entre outros.

Como calcular o CUB?

Muitos profissionais acreditam que o CUB é irrelevante, pois o avaliam como um “cálculo errado”. Muitos mitos ao redor desse recurso acabam surgindo pela falta de conhecimento sobre qual é a melhor forma de utilizá-lo.

É preciso saber, antes de tudo, que o CUB não vai proporcionar que você chegue aos centavos exatos do custo total de uma obra. Não existe um passe de mágica para que se alcance exatamente o valor final de um empreendimento. O processo é trabalhoso, e o CUB auxilia na redução de desvios. 

Bem, podemos simplificar o CUB como o resultado da soma dos custos de MATERIAIS, MÃO DE OBRA e EQUIPAMENTOS dividido pela ÁREA CONSTRUÍDA. 

CUB = (MATERIAIS + MÃO DE OBRA + EQUIPAMENTOS)  /  ÁREA CONSTRUÍDA

O resultado desse cálculo é a relação R$/m², e sabendo fazer uso dessa informação é possível ter noção do valor total de uma obra antes mesmo da elaboração do projeto executivo.

Apesar da margem de 20% de desvio desse valor, o resultado pode guiar a elaboração do projeto e possíveis alterações necessárias para a devida adequação dos custos da obra. 

O CUB, valor R$/m², já é previamente estipulado pelo sindicato da construção (Sinduscon) de cada estado brasileiro.

Para ter acesso, você precisa acessar o site da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), totalmente voltado para o CUB.

Dessa forma, você poderá fazer o download de planilhas por estados, nas quais conterão os valores CUB para cada projeto-padrão definido pela Norma ABNT NBR 12.721 sobre os quais falamos no tópico “O que é CUB?”.

Custo total guiado pelo CUB

Você precisa identificar qual é o projeto-padrão que melhor se adéqua ao seu planejamento para poder selecionar o valor CUB a ser utilizado como base para o cálculo. 

Cada projeto-padrão considera o tipo da obra e o tipo de acabamento. Assim, mesmo que o seu projeto não se encaixe exatamente em um projeto-padrão, é possível escolher um com base nesses quesitos.


Confira um exemplo prático:

Vamos supor que você está fazendo cálculos de custos para uma obra que será executada no Rio de Janeiro. Considerando que o seu projeto se encaixa como um projeto-padrão R16 (padrão normal), atualmente, de acordo com o site da CBIC, o valor CUB/m² é igual a R$ 1.501,75. O site ainda possibilita que você acesse o CUB com ou sem desoneração de mão de obra e com ou sem variação percentual da tabela CUB.

Isso não significa que esse valor é exato e vai eliminar a necessidade de mais análises do seu projeto em si, mas vai possibilitar que muito antes da execução da obra você e sua equipe já possam ter um valor final no qual se basear. 

Mas como chegar ao valor final? Para isso, você vai precisar de outras informações. Confira o cálculo abaixo:

CUSTO FINAL = (CUB + ÁREA CONSTRUÍDA + ITENS NÃO INCLUSOS ) X (1+ BDI)

É dessa forma que o CUB deve ser utilizado: para a garantia de uma estimativa mais precisa e que visa auxiliar a elaboração de projetos, orçamentos e cronogramas consistentes. 

É preciso considerar que, como este, existem outros cálculos, como o BDI, (Benefícios e Despesas Indiretas) por exemplo, necessários para a realização de um bom projeto. Então, o gerenciamento de documentos, relatórios, resultados de cálculos é um grande desafio para a gestão das construções. 

Por isso, é extremamente urgente que construtoras e gestores façam uso de plataformas digitais, que transformem positivamente a gestão das obras por meio de recursos que possibilitem praticidade e fácil acesso aos dados e informações referentes aos projetos.

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